Projeto Lerelena

Projeto Lerelena

Em homenagem ao centenário do nascimento da poeta paranaense Helena Kolody iniciamos o Projeto Lerelena.

Nove poetisas do sul brasileiro se propoem ao desafio de ler relendo (ler helena) e interInvencionar. A proposta é confluir e colidir a nossa letra com a dela, helena. As interInvenções serão sempre sensibilizadas por poemas seus. Nesta primeira etapa partiremos de nove poemas que serão postados a cada sexta-feira.


Miragem no caminho (Helena Kolody)

Perdeu-se em nada,

caminhou sozinho,
a perseguir um grande sonho louco.

(E a felicidade
era aquele pouco
que desprezou ao longo do caminho.)



terça-feira, 31 de julho de 2012

Viagem do (des)cobrimento 4 - o último dia do mês


Alguém me disse que hoje é o último dia do mês de julho, mês do aniversário de nossa Maria bailarina, do maridão da Maria fotógrafa, de mossa mãe mais que linda e de nossa vózica que foi morar no outro lado da janela, num lugar onde pra nós é névoa, quem sabe, mas uma névoa tão gostosa de olhar e sentir, como esta do quintal de nossa casa em Tiradentes. 

Eu ia começar hoje, agradecendo Lápiz Lazuli por ter tirado essa e outras tantas fotos que marcam mais que momentos, marcam sentimentos, mas ai comecei a lembrar de tanta coisa boa que tem acontecido esta semana e o encontro das pedras. Me surpreendi com a generosidade e atenção gratuita que recebi de Turquesa. Turquesa que sempre foi minha irmã ou prima no olhar simplista de nossos admiradores. Sabe Turquesa você é muito legal mesmo, eu já sabia disso, mas agora sei com mais vontade. 

Tiveram outras pedras que não vou nomear, pois ainda não as nomeei e teve a pedra da Lua que brilhou um brilho muito suave e me fez lembrar que as pedras as vezes não tem nome nem cor mas podem nos levar pra um país distante, místico, leve, brilhante e feliz. 

E ai senti a presença forte das outras 3 Marias brasileiras que criaram o Clube de leitura Helena Kolody comigo, senti saudade. Saudade de nossas leituras, debates e escrituras na casa do sofá vermelho e na casa da mandala torta. Ontem recebi um e-mail muito lindo de uma das 3 Marias onde ela se perguntava sobre o que eu estou chamando de "a sala de espera da vida": 

 "será que a vida não é uma sala de espera? Parece que a gente sempre está esperando que algo aconteça. Talvez a sala de espera a que tu te referes (esse momento de transição) seja mais importante do que os momentos de mais concretude emocional. É nesses momentos que a gente aprende. E é nesses momentos que a gente dá valor à vida e à sua fluidez... à sua inquietude..."

Sim amiga, acredito que a felicidade é esse pouco (na verdade é muito) que desprezamos ao longo do caminho (como escreveu nossa querida Helena).
E eu hoje estou mais para Helena Sala, a personagem emblemática (como todas as outras, sem pretensão) de La vida breve de Onetti, o livro de minha breve vida. 

Para quem não percebeu, isso tudo foi uma homenagem para todas as Marias brasileiras (independente do gênero), as pedras de múltiplas cores, as sem cor, enfim aos amigos!!!!! Desejo que cada um encontre uma pedra no meio do caminho, sempre!!!!!




Um comentário:

Anônimo disse...

Cade o meu agradecimento????????