Projeto Lerelena

Projeto Lerelena

Em homenagem ao centenário do nascimento da poeta paranaense Helena Kolody iniciamos o Projeto Lerelena.

Nove poetisas do sul brasileiro se propoem ao desafio de ler relendo (ler helena) e interInvencionar. A proposta é confluir e colidir a nossa letra com a dela, helena. As interInvenções serão sempre sensibilizadas por poemas seus. Nesta primeira etapa partiremos de nove poemas que serão postados a cada sexta-feira.


Miragem no caminho (Helena Kolody)

Perdeu-se em nada,

caminhou sozinho,
a perseguir um grande sonho louco.

(E a felicidade
era aquele pouco
que desprezou ao longo do caminho.)



quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Viagem do (des) cobrimento 5 - Itabira e a pedra


Escolher a foto para iniciar o mês de agosto foi muito difícil. Ainda temos muito para escrever sobre a Viagem do (des) cobrimento, eu ainda tenho coisas sobre Tiradentes guardadas para outras postagens, mas minha vontade agora era pular algumas coisas e ir direto para Itabira e partir em busca do menino que está e estará eternamente entrando no Memorial Carlos Drummond de Andrade
No alto do Pico do Amor, um guia torpe falou sem poesia, ou talvez com uma poesia magra de fome, sem luz. O que falou o guia duas de nossas Marias brasileiras ficaram sem saber, pois tudo que viam era ele declarando alto e em bom tom: 

"Que saco, Drummond nasceu aqui e eu não poderei mudar isso nunca. Que tédio vou passar minha vida toda falando desse cara!!!!!". Juro que não estou inventando, palavra de Maria brasileira!!!!

Bom, ainda bem que nosso menino brasileiro da porta de entrada não escutou isso, assim pode andar livremente entre livros de Drummond, livros sobre ele, fotos dele e de sua família, a sua máquina de escrever e uma pedra de Itabira. Oscar Niemeyer que projetou o memorial, ele que escolheu o local também, queria que fosse em um local bem alto e de frente para os poucos morros ainda existentes em Itabira, esses que podemos ver dentro da porta, depois do vidro da janela.


O que vimos em Itabira não dá pra contar, mas o gosto de nossa estada é de pão de queijo mineiro comprado no supermercado da frente do Pico do Amor. Sabor napolitano, catupiry e goiabada. Que delícia de pão de queijo, que delícia de letrinhas fora e dentro do memorial, que delícia de suco de melancia itabirano!!!!

Em Itabira a natureza preparou tudo, colocou no chão, no caminho do poeta: uma pedra. Não vou falar sobre isso, é forte demais, quem tiver vontade pode ler um texto de uma louca qualquer sobre isso. Agora o que quero é dizer que Itabira (ou talvez outra cidade qualquer) me apresentou uma Maria brasileira do outro mundo, mas que esteve sempre ali, do meu lado, Maria que tinha a fotografia de Itabira viva na cabeça e ainda doía. Maria poeta. Prometo não guardar pra mim, apresentarei em breve aqui no blog.  As Marias leram mais nesse dia e diretamente de Itabira levaram uma pedra do meio do caminho para casa.




A placa da Casa de Drummond revela seu estado e o carinho dos administradores!!!!! Incrível!!!! 



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