E ai eu penso na Bruna, eu queria
dormir com você Bruna, será que assim conseguiria dividir? Bruna, você não
diria nada, mas me escutaria e tentaria me entender, ou pelo menos fingiria.
E
qual é a diferença de fingir e não fingir...
Se você dormisse comigo Bruna,
você seria minha Jaque, quem é Jaque? Jaque é uma história inteira sem dor
vermelha, a dor da história de Jaque é uma dor rosada, levemente rosada. Tudo
parte do foco narrativo, a história de Jacque não é contada por ela, a história
de Jacque é contada por sua amada. Nunca saberemos qual seria a cor da história
de Jacque contada por ela mesma. Será que a história de dois tem cor? As vezes
penso que não, dois é tão descrente de tudo e depois que viu vermelho na
palavra acho que talvez sua cor seja verde, se não azul (agora sei que a história de dois é negra).
12-12-2011
Ainda é hoje e eu continuo sem
saber o que sentir, como sentir.... Clichê, clichê. Ver uma cena de copulação
entre dois corpos em ebulição e pensar em como, se sente isso, como se vivi. Vivi
me lembra a Vivia, como Vivia pode ser um apelido? será que Vivia vivi? não sei,
a outra Vivi é, sei lá.... ainda não conheço a outra Vivi.
Quantas vezes já
ouvi este grilo cantante de clima transpirante, mas agora a música é outra,
sempre outra. Então voltando a cena,
pensava em escrever o que sentia mas não na cena, em outra cena, na praia da
Daniela, na areia, entrelaçada em um corpo então conhecido. Corpo que não
conheço mais, corpo que percebe o vento e não vê a chuva do próprio órgão.
Naqueles dias eu tinha um corpo meu.
Hoje, ainda hoje sinto o cheiro do
verde.azul mar, a crosta de areia ralando a pele não tão dura do cotovelo e
entrando toda linda no cálice do joelho. E pela primeira vez sinto vontade de
explicar, mas não pra ele, corpo de inverno, pra folha dourada que passa parada
e senta ao meu lado sem pedir licença de existir.
Eu quero te dizer, que hoje,
ainda hoje eu sei que tudo que tenho é sua presença loura me chamando. Você é
um convite pra viver meu suco, você é meu cálice, você é meu fálece.
Um comentário:
9
saudade é ir comer pizza e entre tantas opções escolher sem titubeio margherita e ainda pedir pra caprichar no manjericão
saudade é fazer a sesta e fazer de conta que a saudade está completa
saudade é não comer o meioamargo mas comprá-lo e deixá-lo ao lado do carbenet no armário
saudade é preparar o café de manhã mesmo sabendo que seu cheiro não tem alguém pra acordar
saudade é tomar suco de maracujá antes de dormir pra poder sonhar anarelo
saudade é beber lentamente um Alexander e senti-lo já quente no último gole
saudade é esperar pela pergunta que demora: como tá o tempo lá fora
saudade é dar-se conta de que a saudade se foi mas ainda está
Postar um comentário