Poesia mínima
Helena Kolody
Pintou estrelas no muro
e teve o céu
Lampejo
(Turquesa)
mordeu a língua no escuro
e viu estrelas
em bem outro céu.
poesia
mínima (Olívia Lucce)
azul mar tristeza melancolia serenidade falta de vontade profundeza água mágoa cor primária todos os bebês meninos são vestidos de azul aquele time de futebol que eu não gosto bandeira da onu bandeira do uruguai a cor predileta do meu pai linhas do caderno comida nenhuma alguma flor dor aguda sexto sentido olhos do meu amor saudade melhor idade tranquilidade chico indiferença o que está embaixo da pele um dos livros na estante infinito linha do horizonte céu azul
o céu é o excesso
azul mar tristeza melancolia serenidade falta de vontade profundeza água mágoa cor primária todos os bebês meninos são vestidos de azul aquele time de futebol que eu não gosto bandeira da onu bandeira do uruguai a cor predileta do meu pai linhas do caderno comida nenhuma alguma flor dor aguda sexto sentido olhos do meu amor saudade melhor idade tranquilidade chico indiferença o que está embaixo da pele um dos livros na estante infinito linha do horizonte céu azul
o céu é o excesso
Prato do dia (Jo Ana)
não é apenas
luz de vela
luz da lua
banho de mar
é também
luz fria
tela de led
resfriado, mulher sem batom, camisa listrada
um lado, o outro lado...
poesia
também é
arroz com feijão.
Sem muros (Denise Vieira)
Alô, alô, só quero descongestionar
(Lívia Berthe)
Não sei se é um congestionamento na tempestade ou uma tempestade no congestionamento.
Mas todos sabem que com a louca vontade de descongestionar veio.
apenas aprenda a ir, sem pensar, onde tudo pode acontecer...
Sem muros
pra pintar estrelas
É preciso arrancá-las das entranhas
e as estrelas na nuca (Anali Mattar)
e as estrelas tatuadas na nuca
costuram o céu
cinza mas azul
do corpo salgado da moça pintada
e a lua enamorada
deixa cair gotas laminadas
no peito da voz rouca
do momento
do movimento
do morro dos ventos uivantes. Alô, alô, só quero descongestionar
(Lívia Berthe)
Não sei se é um congestionamento na tempestade ou uma tempestade no congestionamento.
Mas todos sabem que com a louca vontade de descongestionar veio.
apenas aprenda a ir, sem pensar, onde tudo pode acontecer...
2 comentários:
Estrela de mão (Cida Ikovê)
Com caneta uni-ball
pintou uma estrela na mão
e teve a mão ao alcance da estrela.
O que ninguém sabia
é que era estrela do mar
que agora se fazia
estrela de mão.
Luz e Escolha (Alicida)
É aquele sentimento que voa
Borboleta cinza a luz da lua
Borboleta ou Mariposa?
Marboleta, Borboposa
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